sábado, 19 de setembro de 2009

Transcendendo...


O sol me aqueceu pela manhã. Em meio a um tempo descompassado com tudo, o sol estava lá. Percebi que havia crescido pequenas flores onde eu sempre passo. Risadas inocêntes faziam parte do cenário. Pensei, é assim que deve ser. Aquilo foi acolhedor, tudo fazia parte da ótica, e os sentidos não eram impostos por mim (pelo menos ali). Fechei os olhos, tendo o verde como a ultima impressão, era uma enorme explosão de pensamentos, imagens, anseios. Andei até o inesperado, com um sorriso de quem faz sua primeira viagem sozinho - sem nem ao menos conhecer seu destino; sem ao menos saber o que espera, só com a ânsia por algo novo. Tentei colocar as telas nas caixinhas menos empoeiradas. Mas era melhor filtrar, porque tudo era novo, e se eu lembrasse, tudo ficaria velho. Continuei a caminhar, uma senhora me sorriu sem cobrar nada - retribuí. O park parecia infinito, a água do lago me despia sem pudores, mas eu não me importava, enquanto o sol estivesse lá, tudo era nada e nada era tudo. Hoje, vi as coisas simples de números áureos, elas transcenderam a mim como se tivessem sido encenadas. E no caso, eu era o espectador. Aplaudi de pé, exibindo um sorriso com raios de satisfação...enquanto o sol descansava no horizonte.

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