segunda-feira, 21 de julho de 2014

Echoes

      É tão desconfortante as manhãs em que o passado retorna à minha porta. Eu fico tateando pequenos azulejos dos quais nem lembro as cores. É uma imensa aquarela gigante, uma saudade que só o orgulho pra segurar. Mas é Domingo...e domingo é deprimente por si só. Então, eu à beira dos meus trinta, e ainda com uma fidelidade byroniana que chega a ser totalmente idiota.
      Imerso, não há outra palavra que defina o que sinto neste domingo, e em outros domingos. Acho que é porque domingo me lembra o fogão no quintal, polenta frita, risadas e uma promessa. Engraçado, tudo isso ao som de Kyoto Song's do The cure (essa música é nojenta e estranha, mas não consigo odiá-la). Mas foi em um domingo, em que os cristais foram quebrados e eu percebi que nunca seria feliz, pois afinal, todas as músicas tristes fazem sentido no domingo.