Uma longa respiração de bom dia revelam devaneios da noite anterior. Então, você acha que um banho resolvera tudo, te confortará pelo fracasso da noite passada. Mas, não, ele só afirma o quanto está frágil, o quanto você deixou pedaços de vida em sua busca por conforto momentâneo. E você senta à beira do chuveiro, esperando uma síntese de tudo, um acordo de paz entre você e você, enquanto a agua quente "alivia" sua dor de cabeça intensa. Depois de algum tempo, você começa a perceber que até água do banho esta lhe agredindo de alguma forma. Quando menos espera, você vê a sua sujeira esvaindo-se pelo ralo. Toda a sua sujeira, que você não limpa, só transporta de um lugar para o outro, como uma alusão a história do debaixo do tapete. E assim você pensa: "estou limpo", pronto pra começar. Porém, todo aquele excesso de pele morta e impurezas eram as unicas coisas que te protegiam do ambiente, seu corpo era toda a sujeira que se foi pelo ralo.
domingo, 25 de abril de 2010
terça-feira, 13 de abril de 2010
Glamour e Decadência
Você cresceu, doce criança
O olhar engênuo deu lugar a frieza
Eu te ensinei meus pontos cegos
E você roubou minha vida
A dança começa no meu coração
e termina em seus pés
Você dança em meu coração
Com sapatos bem ásperos
Era glamour e decadência
Eu te dei as chaves
e você mudou as fechaduras
Eu te dei sonhos
E me retornares desilusões
A dança começa no meu coração
e termina em seus pés
Você dança em meu coração
Com sapatos bem asperos
Era glamour em decadência
Você é a música linda que me doi de ouvir
Você é a cegueira que gosto de tatear
Você é a mentira que gosto de contar
Você é final trágico que gosto de lembrar
Gosto de lembrar...
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