"Sua vida é como todos os cigarros do cinzeiro que fumou. Pra cada um deles, uma história e um desconforto diferente , o gosto do próximo é sempre pior que o anterior, e mesmo assim, você nunca para, nunca para..."
Por ele procurar, incessantemente, um desfecho de números aureos, um encerramento cheio de glamour que merece ser lembrado, que o mesmo fechou o livro sem mesmo terminar a história. Não por falta do que contar, e sim, do porquê contar. A linda corrente do infinito, se cruza, ela sabe onde começa e sabe onde irá chegar, porém, o porquê de tudo isso, soa como lindas incognitas esparsas numa folha de papel em branco.
É possivel pensar que as derrotas sirvam para fundar alicerces ainda mais fortes, e toda aquela psicologia convencional sobre as dores da alma. Porém, algumas marcas e lágrimas nunca mais saem do rosto, cauterizado no corpo chegando até a alma. Entretanto, a lucidez apesar de anônima era latente, o mundo subjetivo por fora e o vago real por dentro. E pensar que você só perde, só perde...
"Você se livra das folhas pra enfrentar o inverno"
Ele esqueceu quem era, e precisa de um resumo pra descobrir quem foi. O Passado e o futuro não andam de mãos atadas, e sim andam em lados opostos da rua da vida. Fadado a escolher um caminho, preferiu o mais inerte, o mais convencional e trágico. Perdendo a sensibilidade nas mãos, cansou de segurar a foto de any, deixando-a no cinzeiro, queimando junto com o cigarro e o passado... a saga teve fim.